18 abril 2010

Antes...


"Antes de amar-te, amor, nada era meu.
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome.
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o Outono."
Pablo Neruda

...E o Outono floriu, cheio de graça e verdade, com a espontaneidade e beleza de um sorriso de criança. Inocente, intenso, sublime de leveza... que me transportou inteira para um outro mundo...de pureza...