30 maio 2009

Fundamental!!!

Finalmente, após muitas linhas já lidas, muitas palavras ouvidas e de assistir a muitas ideias desconcertantes e desconcertadas propangueadas à toa, encontro alguém [aqui...] que não se perdeu no tempo nem no espaço e consegue ainda identificar como o verdadeiro cerne da educação a relação entre educador e educando, assim como não esqueceu que a intuição inerente ao ensino-aprendizagem é um factor básico e essencial, não quantificável, fundamental para se alcançar o sucesso.
Alguém que não inverte a ordem dos factores e que percebe o quão castrador se está a tornar todo o sistema educativo, quer para os alunos quer para os bons profissionais do sector, que hoje se sentem completamente marginalizados e desenquadrados, quando espartilhados em linhas, grelhas e parâmetros.
Ao erradicar, de uma forma diplomaticamente camuflada, a verdadeira relação empática entre os intervenientes no processo, mata-se o mesmo logo à partida, cortando todos os laços afectivos que devem servir de suporte a qualquer relação humana e que forçosamente devem ligar quem ensina e quem aprende...

28 maio 2009

Um Tempo No Tempo

A vida é feita de tempo, esse que é feito de pedaços de tempo que juntos formam dias. Os dias, no seu decorrer, fazem nascer pessoas. Pessoas que crescem em paisagens diferentes, mas que esse mesmo tempo que as criou acaba por juntar num determinado tempo, assim como um dia as fará separar por existirem dois planos diferentes no tempo.
Mas, quem neste tempo se encontra, se desfruta e se realiza no e com o outro, jamais se perde em qualquer parte desse tempo, porque existe vida dentro da vida onde vive quem, por momentos, se ausenta de nós, mas que sempre, em cada tempo, está presente e connosco constrói uma nova vida.
Por isso, de mãos dadas com a vida, ontem, hoje e amanhã te Amo e, ontem, hoje e todos os "depois de amanhã" continuarei a Amar-te. Habitas em permanência no meu espaço sem espaço chamado alma onde o tempo mora e o amor se expande sem limites.
Enquanto o tempo não separar o que juntou, realizamo-nos juntos, aqui, neste tempo e neste espaço. E um dia... talvez já em planos diferentes, continuaremos numa mútua e perpétua realização porque tudo o que o tempo junta e o amor une jamais se aparta, permanecendo, indelevelmente gravado na intemporalidade do tempo e sem limites espaciais, solidamente entrelaçado...

19 maio 2009

Que Europa...Que Mundo!

É triste! Humilhante, desencorajador...e tantos outros adjectivos que me escapam neste momento, mais um, de profunda indignação. Custa-me, já, sair à rua e saber que pertenço à mesma raça que pulula contente e feliz à minha volta.
Acabei de ouvir histórias de vida em que o ser humano é atirado para a situação degradante de nada ter e se sujeitar, envergonhado, à caridade alheia - degradante e humilhante são palavras ainda demasiado fracas para descrever o que todas estas pessoas devem, com toda a certeza, sentir face à situação em que se encontram, quando se deparam com as empresas a fechar em catadupa, crianças em casa para sustentar, responsabilidades para cumprir e os meios para tal deixarem, subitamente, de existir!
E que brilhantes soluções são apontadas pelos grandes cérebros europeus! Reduzir, reduzir, reduzir...isto para o lado de quem precisa de trabalhar para viver. Reduzir horas de trabalho, o que implica redução do salário, reduzir número de trabalhadores, o que aumenta o trabalho que cada um terá que cumprir, deslocar trabalhadores...que terão, possivelmente, de carregar com a casa às costas tantas vezes quantas os patrões assim desejarem!
Mas nem uma única vez ouvi falar em reduzir margens de lucro, reduzir mordomias e benefícios a gestores, administradores, patrões, donos e outros que tais.
Nem uma única vez ouvi falar em acabar com o desvio dos lucros das empresas para os tais "paraísos fiscais" que, embora se condenem publicamente, se continuam a manter e a sustentar.
Nem uma única vez ouvi falar da tão apregoada solidariedade...onde anda ela, digam-me?!
Quem melhor poderá aplicá-la do que aqueles que construiram impérios à custa do trabalho de outros, que agora descartam como inuteis?
Quem melhor poderá aplicá-la que os governantes, políticos, gestores, administradores...que mantêm salários e benefícios luxuosos, tantas vezes somados com já gordas reformas e que ainda têm a "lata" de vir para os meios de comunicação social apelar aos que estão em situações já débeis?!
Quem, expliquem-me?
Que Europa esta... que Mundo este! Mas que só existe porque todos nós consentimos com a nossa inércia!!! Esta é a verdade dura com que todos nós nos devíamos deparar sempre que nos olhamos ao espelho.

17 maio 2009

Apenas Te Dou...

Queria dar-te o Sol,
a Lua, as Estrelas...
o Firmamento...
Rios, montanhas, planícies
O doce sabor de cada momento.
Queria dar-te o canto das aves,
o aroma de todas as flores,
o esvoaçar das borboletas,
do arco-íris...todas as cores.
Queria dar-te riquezas,
tesouros, maravilhas
e todo o universo...
Todas as palavras escondidas
na linha de cada verso.
Queria dar-te o calor,
o ar, a sombra e a luz,
a brisa que sopra serena,
o riacho cristalino...
e o seu brilho que seduz.
Queria dar-te lágrimas felizes,
sorrisos doces ao entardecer,
o conforto da lareira acesa...
loucuras de entontecer.
Queria dar-te Paz, Esperança e Serenidade,
Harmonia, Aconchego e Liberdade.
Tanto que te queria dar...
E apenas dou...AMOR!

16 maio 2009

O Futuro Morreu Ontem...

Dói-me a cabeça! ...Como se cá dentro inúmeros martelos pneumáticos empreendessem uma dessas modernas e megalómanas obras que me hipotecam o cérebro até à morte.
Parece que aqui dentro se instalou uma imensa sala de operações onde uma enorme e incansável equipa de mini-cirurgiões esgrimem os seus micro-bisturis e dissecam ao mais ínfimo pormenor todas as minhas ideias, pensamentos, todos os impulsos transmitidos aos neurónios..., dia após dia, hora após hora.
Párem! Um dia só que seja, párem! Eu concedo-vos férias. Pago-vos até uns dias de descanso numa dessas estâncias paradisíacas frequentadas pelo jet7, à semelhança do que fazem aos seus "promotores fantasmas" as grandes indústrias farmacêuticas.
Deixem-me viver Hoje, Presente, deixem-me Sonhar, Perspectivar, Saborear um dia de sol, Ouvir as cores das flores, Impregnar-me das fragâncias do Amor...
Permitam-me um dia de Vida...Mesmo sabendo Eu que o futuro já Morreu...!

13 maio 2009

Pandemia Mundial

"O maior cego é aquele que não quer ver"...máxima muitas vezes ouvida, utilizada e, cada vez mais, transformada em prática diária.   
O mundo está a ser atacado por uma pandemia, quem sabe mais grave que a Gripe A, o umbiguismo crónico-agudo,  que provoca alucinações, adormecimento da mente, ignorância e absoluta falta de bom senso. Não exige internamento nem sequer quarentena, mas mata de uma forma muito mais radical.
(Con)vivemos [quem sabe..."concubinamos"] com as maiores aberrações, bizarrias... (ver vídeo) chamem-lhes lá o que quiserem..., elevadas ao estrelato sob estranhos critérios (qualidade não é um deles, com toda a certeza), somos vítimas de absurdos legais nunca imaginados e que certamente algum dia irão pertencer aos anais da história (triste) deste nosso país, mas vivemos calados, metidos no nosso mundinho de merda, protestamos no café da esquina, falamos da vida do vizinho, invejamos o carro novo ou o casaco da "gaja", que só pode ter sido adquirido por meios menos próprios, e comodamente preferimos pensar que isso nos torna activos e intervenientes...mas fechamos os olhos para as maiores aberrações, que colocam em risco [se é que já não eliminaram totalmente] os sagrados valores da Liberdade, direitos e garantias dos cidadãos do Mundo.
A cada vez mais ampla informatização mundial e a quase consequente globalização da informação, que todos pensamos ser um direito inalienável, está presentemente sujeita à maior "guerra fria" de todos os tempos, encapuçada e camuflada pelas potências do mundo, aliadas aos poderes económicos que as sustêm. A antiga "censura", face a esta realidade, não passou de uma brincadeira de crianças a fingir que eram adultas, mas todos nós nos convencemos do contrário e consideramos que somos livres...quando já nasceu a prisão global...!

11 maio 2009

Pedido a Uma Mãe

Mãe,
tu que sempre andaste
de mão dada com o teu filho,
aproxima-te hoje e
abraça-o forte.
Segreda-lhe ao ouvido as tuas palavras de amor
e enxuga as lágrimas do seu coração.
Mãe,
não permitas que ele 
se desacredite de tanto que É;
empurra-o para o caminho que é Dele
e inspira-o docemente
com as tuas palavras e actos
de justiça e esperança.
Mãe,
ampara-o nestes momentos 
em que a desilusão é maior
e ele se sente cair,
tal como o fizeste quando, hesitante, 
ele deu os seus primeiros passos na Vida.
Ampara-o no teu regaço
e dá-lhe alento e coragem
para continuar com êxito
a luta diária de Viver Profundamente.
Ralha-lhe e mostra-lhe com firmeza
que amor e justiça têm de viver juntos,
que convicções não são descartáveis
e viver com integridade pode ser doloroso,
mas é uma vitória só conquistada por alguns.
Mostra-lhe também, como sempre fizeste,
que é Humano como todos nós
e que só alcança a sabedoria
quem dá a si próprio o direito a errar
sem culpas ou pesos...
Mãe,
dessa dimensão imensa onde vives
ama-o, como só tu o sabes Fazer...
Como são um pouco "Mães" as Mulheres que Amam...

09 maio 2009

O Tibete Aqui ao Lado

Hoje dei comigo a pensar como os nossos pensamentos se tornam a cada dia mais mudos.
Como é difícil conseguir ainda escutar o trinado de um pássaro!...
No meio da azáfama buliçosa da cidade, o ruído social é tanto que quase impede que nos escutemos.
Como diz Alguém Especial, "temos de criar um Tibete dentro de nós" que sirva de refúgio interno, onde a nossa mente se pode expressar livremente e ser ouvida, onde podemos falar as nossas palavras mais secretas, mais profundas, mais nossas e saber que são entendidas.
Este barulho infernal empurra-nos para um enorme vazio onde a comunicação, factor essencial humano, se desfaz e nos torna seres movidos apenas pela força de rotinas desprovidas de sentido e de sentir, obrigações firmadas pelos padrões sociais, horas programadas e vazias de sabor.
Pelo meio destes pensamentos aparecem-me, vivos, todos os momentos em que nos conseguimos sobrepor a esta loucura colectiva e permanecermos Gente, conversando horas a fio sobre tudo e sobre nada, apenas do que nos apetece, onde a nossa mente prevalece e se liberta de todas as prisões.
Rindo ou falando a sério, analisando factos ou apenas explorando hipotéticas situações, permitimo-nos abrir as asas e sentir, com prazer, a gentil brisa da felicidade a dois de ainda conseguirmos Ser Humanos.
Acho que recriámos um "Tibete" mesmo aqui ao lado, para onde vamos sempre que podemos, onde nos  "damos ao luxo" de nos sentirmos verdadeiramente Nós.

07 maio 2009

Now and Forever

Tantas vezes
cansada das batalhas na minha cabeça
tu trazes sentido à loucura
quando a minha sanidade ameaça ruir

Perco o meu caminho
mas tu sempre pareces entender
Aconchegas-me os sonhos
e ajudas a esperança a renascer

Agora e para sempre
para ti quero Ser

Às vezes
simplesmente te seguro com o olhar
para conseguir-me inteirar
do tesouro que a vida
me quis ofertar
E tento mostrar-te
de cada e todas as formas que sei
que hoje e para sempre
para ti Serei

Agora eu sei
que posso descansar o meu coração
e para sempre estar certa
que nunca mais viverei na solidão.

Se eu tivesse somente imaginado que um dia estarias aí...

Até ao dia em que o mar
na areia deixe de tocar...
Agora e para sempre
Assim te vou Amar

04 maio 2009

Porque a Vida Se Faz...

Contas-me interrogações. Tristezas, negações. Factos dos dias impossíveis de compreender.
Só tuas? Também minhas! Tão minhas quanto a vida, as horas...os actos. Actos que te conto...quase como se não me fossem próximos e de que me tento proteger sob a análise psicológica dos porquês... mas que em nada me protege. Doem!
Actos insensatos, impensados e impensáveis que não entendo.
Não entendo nem aceito como actos de Gente.
Porquê...não encontro resposta, mas no fundo sei todas as respostas que não quero saber.
Tal como tu conheces todas as respostas...que te causam essa tristeza da gente que não é gente.
Estou naquela encruzilhada da verdade que sabemos ser mas não queremos ver. Da verdade que nos obriga a não ficar quietos, mas que nos causa dor agir. Daquela realidade dura e cinzenta que não queremos sentir por perto mas que, insensível, nos entra pela porta dentro sem pedir licença.
Inventamos discursos, estratégias de acção...quase como se analisássemos cenas de um qualquer filme que nos causou estranheza.
Mas a tal realidade chega...e é preciso agir. Como? Fazer o quê? Há medidas correctas, formas de acção que resultem? Ignoram-se os acontecimentos esperando que tudo não passe de mais uma "fase passageira"? Conversa-se...? Adoptam-se medidas drásticas...quais? Será que alguma vez irão resultar?
No fundo, todas as dúvidas que sempre surgem quando se trata a vida como Vida e se pretende vivê-la íntegra e profundamente.
A Vida que tantas vezes só me parece Vida quando contigo a partilho tão intensamente como sempre acontece.
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Decisões, resoluções difíceis mas imprescindíveis são tomadas...porque a Vida se faz todos os dias...