30 setembro 2010

Meu...

...TUDO
Podia começar por "meu querido", "meu amor", "meu doce",..., mas TUDO, realmente, é o que melhor define o que sinto e o que és na minha vida. Há muito tempo já que não te dedicava umas linhas aqui, neste singelo espaço, onde já tantas palavras nossas foram escritas. Talvez porque as dizemos a cada instante, mesmo sem as dizer, talvez porque os nossos pensamentos se interligam, discutem, se interrogam, se conjugam, permanentemente, talvez porque os nossos corações se sentem mesmo até sem se tocarem... Talvez... Mas hoje dei comigo com uma grande vontade de aqui voltar. Recuando no tempo, olhei-nos ao longo destes anos e mais uma vez me tocou tão fundo a forma como nos fomos interligando, criando raízes conjuntas e nos fomos firmando em nós. Hoje sei que já não sabemos Ser, Viver, Estar, um sem o outro, portanto TUDO é a melhor forma de definir o lugar que ocupamos na vida um do outro, em cada dia, a todas as horas. É até engraçado observar como mesmo nos mais ínfimos pormenores estás presente em mim. Na escolha da roupa que visto, no organizar do meu dia, no prato que como ao almoço e que escolhi porque já o saboreámos juntos... Nos meus planos, nos meus sonhos, nas bolachinhas com café do meu lanche, no gel de banho, no meu riso, nas minhas lágrimas... Em tudo que sou És também. Hoje, sem TI já não sou EU. Por isso, talvez... ou porque "não devemos deixar nada por dizer"..., hoje me deu vontade de aqui dizer, neste pedaço de espaço, o Tudo que TU És para Mim.

02 setembro 2010

Contradições?!...

É estranho como tantas vezes fazemos afirmações e damos connosco a agir exactamente em contrário.
Muitas vezes digo que não falo sobre o que não conheço mas, ainda hoje, dei comigo a escrever sobre alguém que nunca conheci em pessoa, mas apenas através de testemunhos vivos de quem há muito o acompanha e das suas palavras escritas de contínuas interrogações e inquietações.
Ao longo dessas leituras muitas vezes me sinto em diálogo com ele e presto homenagem à sua imensa sabedoria, contínua procura da verdade da vida e à sua profunda sensibilidade calada.
Espero ter-lhe feito justiça e que ele, lá da estação fora do tempo onde habita de onde muitos dizem que tudo se vê, não se zangue ao descobrir-se nas linhas de tão leiga vivente...