21 setembro 2009

Não deixem de Ler...e Reflectir


Nós bebemos demais, gastamos sem critério. Conduzimos depressa demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, vemos televisão demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.
Nós falamos demais, amamos muito raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida, mas não a vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito;
escrevemos mais, mas aprendemos menos; planeamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a apressar-nos mas não sabemos esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande e de carácter pequeno; de lucros acentuados e de relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, de vários divórcios, casas chiques e de lares e corações despedaçados.
Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e de muito, muito pouco na despensa.
Uma era que leva esta carta até si, e que lhe permite dividir esta reflexão ou, muito
simplesmente, clicar na tecla 'delete'.

Lembre-se de passar algum tempo com as pessoas que ama, pois elas não vão estar aqui para sempre.
Lembre-se de dar um abraço carinhoso aos seus pais ou a um amigo, pois não lhe vai custar sequer um cêntimo.
Lembre-se de dizer 'amo-te' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... ame muito...

Um beijo e um abraço curam a dor, sempre que emanam bem lá de dentro, do fundo de si mesmo.
Por isso, valorize sua familia e as pessoas que estão aoseu lado, sempre!
Não esquecendo os que estão longe TB

10 setembro 2009

Fidelidade vs. Lealdade

Lí há dias um artigo em que, falando sobre política, se adoptava uma abordagem algo diferente do habitual e, diferenciando os conceitos fidelidade e lealdade, se constatava como é comum nos dias de hoje ser-se fiel e, simultaneamente, completamente desleal. O que à primeira vista parece contraditório, de facto torna-se claro se nos dermos ao cuidado de observar e reflectir sobre o que se passa à nossa volta, desde as relações meramente sociais, até às relações pessoais, supostamente íntimas e profundas. É habitual vermos relações que apenas subsistem pela presença de elos tão frágeis quanto cómodos e facilitadores da vida diária. Elos aparentemente fortes mas que apenas se alimentam de rotinas, conveniências e "imagem". E se, de algum modo, a envolvência dessas relações sofre um abalo mais forte, logo esses laços se quebram porque deixam de cumprir as suas funções e as relações enfraquecem de imediato. Existe uma fidelidade conjuntural permanente e uma completa ausência da lealdade real que fortalece sentimentos e aproxima as pessoas. A lealdade que alimenta grandes causas, grandes vidas... Manter a fidelidade a sucessivas conjunturas, por muito cómodas que sejam, pode levar ao desmoronamento completo dos alicerces que deveriam sustentar as relações, a lealdade aos sentimentros que unem os intervenientes. Por isso se diz que hoje "já ninguém morre de amor"... Criam-se e matam-se relações com a mesma facilidade com que se muda a pintura das paredes de uma sala porque não condiz com a mobília nova. Criar, manter, alimentar e amadurecer sentimentos duradouros e profundos implica um trabalho, uma dedicação e uma entrega que poucos estão dispostos a assumir, até porque muitas serão as ocasiões em que as envolvências se tornarão fardos pesados e aparentemente impeditivos do acarinhar da relação. No entanto, não resta qualquer dúvida que apenas vivendo profunda e dedicamente os elos afectivos, com a crença vincada na existência de "finais felizes", se conseguem construir relações sólidas, verdadeiras e duradouras...as relações de Vida.