Não será o coração a mais alta das cartas na vida?
Nele estão guardados os mais belos sentimentos... aqueles que deveriam comandá-la!
Mas poucos são os que conhecem os sentimentos, que os fazem padrão na sua vida. Muitos sim, vivem padronizados ao prazer de ter e de alimentar uma imagem social quando afinal não passam de animais com cio.
E, quando se deparam com os tais poucos que se interrogam, que sofrem, que choram e riem porque sentem, chamam-lhes loucos e stressados, acham-nos permanentemente insatisfeitos e dizem-lhes que precisam de retiros espirituais no Tibete...
Mas não!
A insatisfação existe quando se pertence a uma classe que vive neste mundo, de nome "os coitadinhos". Os que vivem numa redoma para se taparem da realidade e sorriem de satisfação por pura ignorância, que é bem pior que uma doença terminal. Andam de canto para canto sem saber bem a razão desse andar e sem nunca conhecer a plenitude de sentir.
Amam-se e mudam de vida e de amor como se muda uma roda que furou, como se viver fosse uma qualquer novela de gata borralheira.
Viver é saber que a Vida não é um jogo de ganhar e perder. A Vida é tão simples que difícil se torna aos olhos de quem só quer voar nas alturas pagando o preço sem questionar.
O meu Tibete mora comigo, move-se comigo, sente comigo... Chama-se Vida. Nela sempre encontrei as respostas e consequências dos meus actos. É nela que moram os que me querem bem e me estendem a mão sem sequer querer nada em troca. O meu Tibete chama-se Eu e nele viverei infeliz que é uma forma de felicidade pura, pois só podemos ser bons quando passamos pelo mal e aprendemos o valor do bem.
A paz faz tempo que habita o meu interior e não a conquistei, não a comprei, nem tão pouco a roubei ou me foi oferecida. Caminhei na estrada da Vida onde caí, onde chorei, onde ri e lá encontrei o que de mim fez um ser humano... Sentimentos.
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