10 abril 2009

...Em Tempo de Amor

 
Há alturas em que, inexplicavelmente (...ou não...) apavorada, me sinto resvalar para um remoinho vazio de tempo [...quem sabe apenas inventado na minha mente...] e procuro em outras vozes um sinal que me leve ao fio invisível que desvenda a saída deste labirinto onde tantas vezes me sinto perdida.
Recentemente, num destes períodos indistintos e confusos, encontrei neste mar de palavras um turbilhão de inequívocas verdades, que penetrou nos meus pensamentos e me obrigou a questionar-nos e à nossa condição Humana.
Nesta sociedade indiscutivelmente louca, achamo-nos os "loucos saudáveis", pensamo-nos diferentes apenas porque conseguimos perceber a imensidão da insanidade.
Seremos nós loucos, realmente, ou apenas absolutamente normais, possuidores tão só de uma mais arguta e inquisidora consciência?!
Queremos "vender sonhos", mas somos nós capazes, em primeiro lugar, de vivermos os nossos sonhos pessoais?
Teremos nós a coragem necessária para sonhar?!
Seremos "vendedores de sonhos", na busca permanente de quem somos, ou estamos aprisionados na cadeia dos nossos preconceitos, achando que já descobrimos o que somos e como somos?!

A Verdade única e inquestionável é o Amor.

Mas...somos nós capazes de Amar?

Quantas vezes só percebemos o poder do amor e a falta que nos faz quando deixamos de ter por perto quem nos ama e que pensámos se manteria no mesmo lugar indefinidamente?!
Quantas vezes o menosprezamos em função do nosso comodismo, das nossas culpas, fantasmas e pesadelos...ou o afastamos porque temos medo que nos faça sofrer?!
Quantas vezes o pensamos estático, imutável, como que protegido por algum escudo impenetrável e esquecemos que ele só cresce e floresce quando o cultivamos todos os dias, em cada gesto, palavra e pensamento...
Quantas vezes, na nossa vida, somos capazes de nos despirmos completamente de nós e, nús, encararmos o que resta da nossa essência humana?!
Quantos de nós vivem toda a vida regida por escalas invertidas e prioridades trocadas?!
...Reflexões apenas, questões levantadas ao longo das páginas de um livro que nos obriga a pensar e a sentir... 
(23 de Março de 2009 - "O Vendedor de Sonhos" - de Augusto Cury)

1 comentário: